É engraçado como nós na sociedade globalizada e capitalista em que vivemos, consumimos as coisas tão rapido. Não questionamos, não olhamos a procedência, nem a validade e vamos engolindo de goela abaixo. Sabe, são desses produtos de consumo rápido, padronização cultural e alienação, violência travestida...(lembrei do Gessinger).
Já no início deste mês a mídia vem anunciando massivamente a vinda do Papa ao Brasil. Pego o jornal tá lá, tá na internet, na capa da revista (lembrei de Gessinger de novo). Ele com o seu semblante de coitado e de bom moço, angariando fiéis e comendo com talheres reais. Daí eu ficou pensando se realmente precisamos disso. Precisamos de uma pessoa para representar Deus aqui na terra? Na verdade, pra mim o Papa é um encantador de cobras. É, assim como são os executivos das empresas. Afinal é disso que a maioria de nós gostamos: Pessoas que nos vendem um sonho, ideologia, produtos de consumo rápido?
Emfim, esta é minha crise da semana. Mas o que o papa fez? Na verdade, é o que ele e nós deveríamos estar tentando fazer o tempo todo: procurando diminuir a distancia mental, social, e espiritual que nos separa. Tentando mudar uma realidade que ao invés de nos levar para o totalitarismo, nos remeta e um pensamento de resolução dos problemas complexos que a nossa sociedade está passando.
Falo hoje aqui do reconhecimento dos diferentes, do tratamento das massas e não do lucro do clero que não morre e das vendas dos jornais que procurarão outro alvo semana que vem. Não queremos o totalitarismo e uma igreja que preze pela imposição outra vez.
Acho que cabe a nós pensarmos antes de engolir todas essa mídia que nos empurram. Cabe questionar o futuro, a transição, a mudança. Por exemplo: Estamos indo onde queremos ou estamos indo onde nossas paixões nos levarão?
Venho pensando nisso ultimamente. Como melhorar a vida das pessoas? Eu tenho procurado mudar a minha realidade. E você? O que tem feito? Entre em crise! Mude. Mude de cidade, de país, de atitude...
Sabe, quando aparece algo parecido com essa massificação midiática à nossa frente, que temos o exemplo do papa, fico pensando: Será que ele daria a sua vida por nós como fez Cristo, que deveria ser o cerne da igreja?
Será que ele daria toda a sua riqueza pelos mais pobres.
Será que ele sucumbiria à tentação de ser humilde o bastante para morar uma semana na favela do Vidigal no Rio?
Convenhamos, o papa é tão mortal quanto nós e bem mais esperto do pensamos.
Pensem nisso. Pensem mais.
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# postado por Danilo Mota : 5/10/2007
