Então é melhor conhecer acho que você vai precisar...
Quem inventou o termo foi a Sta. Janine Benyus quando lançou em 92, o livro Biomimicry (Biomimética, editora Cultrix).
Em tempos de consciência ambiental em que muitos especialistas recomendam imitar os padrões, modelos e estratégias presentes em plantas, animais e ecossistemas, as empresas começam a investir nessa tendência. É a imitação consciente da genialidade da vida.
Segundo Benyus, nos processos de resiliência e inovação é que estão os segredos para alcançar a sustentabilidade. É o caos organizado.
Não entendeu nada ainda? É fácil. Basta responder a pergunta baseada nos seus processos: Como a natureza faria isso? A natureza traz na sua essência todo o processo de produção, aproveitamento e reaproveitamento de materiais com reduzido consumo de energia. É a utilização das melhores práticas. É achar o que funciona na natureza e transformar para benefício do homem.
Exemplos
- Em vez de utilizar cola com o uso de formol, utilizar superadesivos vindos dos moluscos.
- Limpar a água: utilizar o sistema do metabolismo dos peixes de água doce que conseguem viver em água salgada.
- Limpeza de chips na fabricação com o uso de solventes orgânicos.
- Há projetos para saber como mimetizar as estruturas dissipadoras de calor das asas das borboletas.
Motivos para se preocupar:
A legislação está cercando empresas e pessoas em favor das questões ambientais e sociais;
Aumento da consciência global;
Sanções tributárias e de saúde;
Tendências ao aumento dos custos mundiais com energia;
E por fim, escassez de recursos em escala mundial.
Se você ainda não achou importante, é melhor observar, pois empresas como Nasa, Nike, P&G, GE entre outras já estão investindo nessa nova tecnologia. O CEO do Wal Mart, Lee Scott, anunciou que no final de 2005, três metas ambientais para a rede. Esses objetivos devem ser alcançados em dez anos. A GE está fazendo da sustentabilidade o critério importante para avaliar o seu desempenho corporativo.
Já há a preocupação do cliente em saber se o produto é ecologicamente correto, se o produto não usa mão-de-obra infantil e é bem provável, que haja uma competição no futuro do tipo: quem é mais verde? Quem polui menos nos seus processos ou quem gasta menos energia?
Ou mais ainda, uma ameaçadora reflexão para as companias: quanto tempo levará até que o conhecimento sobre ecologia de meus clientes aumente e meu produto seja visto como de risco?
Dica da autora: mimetize o projeto, depois o processo de fabricação e por fim o ecossistema dentro do qual a empresa opera, criando cadeias alimentares em que o lixo de uma empresa seja a matéria-prima de outra. E isso demanda humildade, vontade e sabedoria.
Fonte de colaboração: Revista HSM n. 65.
Marcadores: ciência, marketing, pesquisa, sustentabilidade
# postado por Danilo Mota : 12/26/2007