Sempre em Crise é para pensar de outra forma. Sempre em crise é Marketing, Tecnologia, Informação, Filosofia...é a loucura nossa de cada dia. Aproveite e volte sempre!!!
Qual é a nova lógica da inteligência?
Este ano estou inclinado a estudar, basicamente dois assuntos: A inteligência Coletiva de Redes e a poesia. Parece estranho? Não, não é. Trata-se de dois opostos pra desafiar a minha mente a enxergar uma solução mais criativa para as loucuras nossas de cada dia.
Mas hoje, vou começar falando da Inteligência Coletiva de Redes, ou simplesmente Inteligência de Redes. Para Henry Jenkins (pesuisador do MIT), há resumidamente duas para se propor uma rede. Ela deve conter:
- Atração para as pessoas que têm interesses comuns e as agrupam em torno deles, como uma rede social;
- Oferecer as elas algo para fazer, problemas para resolver, enigmas para decifrar. Lost, por exemplo, é uma serie onde muitos episódios os internautas contribuíram com a escolha do autor. Muitos detalhes impulsionam o espectador internauta a montar o quebra-cabeça da história com cada novo livro publicado.
Mas afinal, o que é exatamente uma inteligência coletiva de redes? Especialistas entendem como a nova tendência para o futuro. Ao invés de um “sistema, ou software controlando todo o mundo” ou um olho que tudo vê controlando todos através do seu espectro (entenda Big Brother de George Orwel), a inteligência coletiva no sistema é que dá sinais de comando nessa abordagem.
Faculdades, órgãos governamentais, ONGs e outros, estão lançando na net, sites com comunidades de códigos abertos e incentivo social na rede para os internautas resolverem problemas, discutirem questões complexas, tornarem coisas mais simples, enfim. A questão voluntária, a vontade de interagir e o desafio de produzir coisas, tem desafiado pessoas a participar dessas redes. Isso é denominado por Jenkins de “prossumidores” (produtores – consumidores).
Acredita-se agora que daqui a algum tempo, as redes começarão a dominar alguns cenários de conhecimento e possam ditar um conhecimento muito mais democrático e participativo, onde a interação e a opinião comum vai prevalecer, com muito menos margem de intromissão de interesses escusos.
Colaboração, HSM n. 66.
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Uma pequena abordagem sobre o livro Blink.
O autor aborda em Blink, um estudo sobre a Intuição e a sua contribuição para as decisões rápidas, ou as decisões num piscar de olhos. Esse é um dos estudos mais pesquisados no ramo da psicologia, e chama-se inconsciente adaptável.
Gladwell defende que pensamentos deliberados podem ter o mesmo nível de eficiência que os pensamentos ou decisões rápidas.
O autor conta várias histórias para descrever as facetas que o nosso inconsciente prega nas nossas vidas diárias. Ele chama a capacidade instantânea de fazer julgamentos intuitivos de fatiar fino. Fatiar fino é a capacidade para mergulhar rapidamente sob a superfície de uma situação – ou a cognição rápida. Uma característica que o autor supõe, é que os julgamentos instantâneos são, em primeiro lugar, extremamente rápidos: eles se baseiam nas fatias mais finas de experiência. Mas também são inconscientes.
Há também pesquisas sobre comportamento, encontros rápidos e comparações sobre a psicologia comum ou inconsciente coletivo e a lógica do dia-a-dia.
Há uma questão perturbadora no livro que é um estudo que aborda a questão de ser negro, alto, ou branco pode influenciar o seu emprego ou o seu crescimento na carreira. E comenta o teste do IAT – teste de associação implícita. O IAT foi descoberto por Anthony G. Greenwald, Mahzarin banjai e Brian Nosek. No nosso inconsciente também há julgamentos rápidos. Quando temos que ligar a palavra “empreendedor” entre masculino-família e feminino-carreira, provavelmente escolheríamos masculino ou pensaríamos duas vezes antes de levar a palavra empreendedor para o feminino. Isso chama-se preconceito implícito. Isso significa que nossas atitudes em relação a coisas como raça ou sexo operam em dois níveis. Em primeiro lugar temos nossas atitudes conscientes. São as coisas que optamos por acreditar. São nossos valores declarados, que usamos para dirigir deliberadamente nosso comportamento. As políticas de apartheid da África do Sul ou as leis no Sul dos Estados Unidos, que dificultam o voto para os afro-americanos, são manifestações de discriminação consciente e, quando falamos a respeito de racismo ou da luta por direitos humanos, é a essa espécie de discriminação que nos referimos. Mas o IAT mede outra coisa. Ele mede nosso segundo nível de atitude, nossa atitude racial no nível do inconsciente – as associações imediatas e automáticas que surgem antes de termos tempo para pensar. Não escolhemos deliberadamente nossas atitudes inconscientes. E, podemos nem mesmo estar cientes delas.
Mas quanto às decisões rápidas, Gladwell é enfático: a qualidade das decisões das pessoas sob as condições mutáveis e estressantes da cognição rápida é fruto de treinamento, regras e ensaios.
Blink é mais uma aventura intelectual de Malcom Gladwell. É um livro pra quem gosta de conhecimento e uma boa dose de provocação. Ele desafia o inconsciente coletivo questionando a sabedoria convencional igualmente ao livro Freakonomics.
Danilo Mota
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Um candidato a empreendedor com uma start-up na cabeça.