quinta-feira, novembro 27

Crise de hoje: Megatendências ou micro tendências? Parte II


Para cada uma tendência, há uma contra tendência.

A internet propicia a Economia Satrbucks, graças a rede mundial de computadores. A maneira pela qual as pessoas vendem mudou ao reunir grupos dispersos. A maneira pela qual as pessoas vendem mudou ao reunir grupos dispersos geograficamente. Da mesma forma, o custo da produção de bens personalizados reduziu-se, pois a manufatura está mais eficiente e tornou-se mais econômico produzir bens customizados e, por fim, as pessoas determinaram que seriam ser diferentes – vestir-se, agir, viver, consumir diferentemente. “a sociedade é uma massa de contradições e as que privilegiam as micro tendências são aquelas que valorizam a individualidade. Para cada tendência, há uma contra tendência”, diz Penn.

Algumas micro tendências - acredite se quiser!
Enquanto há no mundo mais pessoas seculares que crêem na tecnologia e na ciência, há outras que buscam um sentido para a vida na religião;

Grande parte dos países desenvolvidos, estão tendo aumento na população de idosos. Essa população aumenta mais do que as doenças;

Os casais estão adiando a chegada dos filhos, casais com apenas uma criança, casais sem filhos mas com bichos de estimação, pessoas morando sozinhas ou com irmãos. Nos EUA, o índice de solteiras subiu de 30 milhões em 1970 para 55 milhões hoje. Elas lideram a estrutura familiar e isso impacta mercados imobiliários, de tecnologia etc.;

No Brasil, os consumidores acima dos 50 anos têm poder de compra e é onde 45% da força de trabalho é feminina. Nos Estados Unidos, as mulheres nascem numa proporção menor, mas os homens vivem menos e a quantidade de homens homossexuais do que mulheres na mesma opção.

As mulheres se conectam mais a internet do que os homens. De acordo com o instituto eMarketer, internautas mulheres somam 100 milhões nos EUA, contra 93,5 milhões de homens. Segundo Penn, uma micro tendência batizada de Car-Buying Soccer Moms, algo como mães motoristas, levam seus filhos ao futebol, caracteriza-se pelas mães que moram em subúrbios das grandes cidades norte-americanas, forma as responsáveis pelo surgimento do boom das mini-vans. Para Penn, o segmento das mini-vans está morto ou prestes a morrer, pois são carros que gastam muita gasolina, o que contradiz o interesse cada vez maior das compradoras por carros SUVs, notórios beberrões. Diz Penn “enquanto as mulheres são a maioria das compradoras de automóveis na America, a maioria dos anúncios são direcionados aos homens, em programas masculinos, como a final do campeonato de futebol. As montadores de veículos acreditam que este é um segmento dominado por homens e não atualizam seus concessionários para atendê-las”.

Em cinco milhões de lares americanos, 63% do total, há ao menos um animal doméstico. É duas vezes o percentual de famílias com crianças, 30%. É uma mudança de estilo de vida que também acontece no Brasil e movimenta milhões. Só em produtos e serviços para pets os norte-americanos gastaram 38,5 bilhões de dólares em 2006. Aqui no Brasil, estima-se que haja 29 milhões de cães de estimação que usam a renda disponível das pessoas sozinhas, casais novos e maduros quando os filhos saem de casa. Sãos os Pet Parents, que mimam animais de estimação, consumindo uma miríade de produtos e serviços;

Em 1980, uma a cada 23 crianças nascia em famílias em que o homem tinha 50 anos ou mais, em 2002, a proporção foi de uma em cada 18. são pais de primeira viagem que adiaram ao máximo a chegada do herdeiro, ou pais de segunda viagem. Seja como for, a experiência da paternidade torna-se bem diferente das dos pais jovens e também a experiência familiar de consumo. Eles dão presentes de maior valor aos filhos, por exemplo. Os pais mais velhos são um nicho das micro tendências;

Na Europa acontece um fenômeno curioso: na Itália 82% dos homens com idade entre 18 e 30 anos ainda vivem com os pais. A fecundidade européia está em queda, a quantidade de lares com casamento tardio ou nenhum casamento aumentou, os filhos são poucos ou nenhum. A Europa sem imigração – se está tendência persistir- se tornará despovoada;

Uma tendência que está se provando equivocada, é de que pessoas trabalhariam menos. Quanto maior a abundancia mais se trabalha. Se a opção for entre trabalho e família, as pessoas preferem ir o escritório. Atualmente cinco milhões de pessoas com idade de 65 anos estão na ativa, duas vezes o que era na década de 80. “é preciso reavaliar como será a próxima geração de idosos. As implicações disso são enormes, são pessoas com mais energia e tempo. Pessoas acima de 50 anos estão dominando o consumo, mas a ênfase das empresas e da propaganda continua sendo os jovens.

Quase 60% dos trabalhadores americanos tiveram um romance com colegas de trabalho em 2006, um aumento de 47% em relação a 2003. O local de trabalho é cada vez mais um ambiente social. As pessoas também viajam mais para trabalhar. Hoje, pelo menos 3,4 milhões de pessoas viajam pelo menos 90 minutos por dia contra 1,8 milhões da década de 90. Nesse sentido, os carros são micro universos. Há nichos de mercado a serem explorados para esse ambiente. Pessoas nesse nicho se preocuparão em comprar carros mais econômicos e híbridos.

Também os home-offices são uma tendência contínua. Os Stay-at-home Workers, que se somarão aos 4,3 milhões que já trabalham em suas casas, percentual 23% maior do quem em 1990. um mercado promissor é o de videoconferências, que atende aos 2,5 milhões de casais casados, mas que vivem separados em razão do trabalho ou do estudo. Número que era de 1,7 milhões de casais em 1990.
Breve, novo post sobre as contra tendências. Aguarde.

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# postado por Danilo Mota : 11/27/2008  0 Comentários

sábado, novembro 8

Crise de hoje: Megatendências ou micro tendências?


Quem está certo? Megatendências - Parte I.

Reinaugurando meu espaço de crises do Sempre em Crise, escrevi e publico agora, uma crônica a respeito de uma reportagem que li sobre micro tendências. Leiam. É bem legal.
As Megatendências de John Naisbit na verdade já não são novidade, mas seguindo um pouco o conceito da Cauda Longa, Mark Penn, especialista e aconselhador político de Washington, lançou nos Estados Unidos o que se chama de Micro Tendências. Esse autor, em recente visita ao Brasil através da HSM, no fórum mundial de vendas, esboçou como forças que atuam nas micro comunidades podem mudar nossas vidas e nossos negócios.

O novo livro de Penn, “Microtrends: the small forces behind tomorrow’s big change (ou algo como Micro Tendências: as pequenas forças por trás das grandes mudanças de amanhã), aborda que a maioria das previsões sobre o futuro pode estar equivocada. Há uma corrente de pensadores que vem dizendo que os mercados globalizados serão padronizados. A idéia era que quanto mais a sociedade de massa cresce, mais a população é homogênea, o que não vem sendo tão verdade assim, de acordo com o autor. Havia frases feitas como ‘ todos se vestirão igual, seriamos padronizados’. O que hoje se vê é que quanto mais rica a sociedade, mais individualizada ela se torna. As megatendencias estão sendo substituídas pelas Micro tendências.
As Micro tendências segue um modelo de adaptação e customização de massa. Desde que pague a conta, o consumidor pode ter o que quiser, do jeito que quiser. Pode ter café com conhaque, café com leite, café descafeinado, em um total de 150 variedades que a Starbucks oferece, por exemplo. A palavra de ordem da economia Starbucks é customizar.

Outro produto conhecido é o iPod, nessa temática. O emblemático produto é citado por 10 entre 10 marqueteiros e gurus da administração como exemplo de inovação e por ser o sonho de produto moderno. Os primeiros ipods lançados eram de apenas uma cor, brancos. A produção era padronizada, típica de massa, mas pode ser personalizado e esse trabalho, ao contrário de cafés da Starbucks, fica ao critério do consumidor, que pode personalizar e ter um iPod jazz ou um iPod rock.
Em breve, a segunda parte dessa reportagem.

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# postado por Danilo Mota : 11/08/2008  0 Comentários

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