A Mídia de Massa em Crise
De vez em quando eu fico vasculhando a net pra achar matérias pra minha monografia, que aborda sobre a tendência de declínio das mídias de massa. Bom, dentro desse contexto, achei no site da Catho, uma entrevista de Sonia Abrão (brrr!) comentando sobre a crise na TV. Isso reforça a idéia de que há uma possibilidade (tomara) de que os grandes conglomerados de mídia sucumbirão ao poder da Era do Cliente.
Esse mote também é levantado por Cris Anderson, no seu consagrado livro A Cauda Longa, que dentre outros, aborda que os mercados de massa não vão morrer, mas vão perder muito espaço para nichos que estão ainda obscuros no mercado. Kotler também já abordou esse tema: A segmentação cada vez mais precisa, vai ditar a sobrevivência às empresas. Isso envolve claro um esforço sobre-humano para mudar a cultura de marketing nas organizações.
Você acredita nisso? Dê a sua opinião.
C&S: Na televisão, de um modo geral, o que você acha que falta na programação? Sônia: A gente está vivendo uma crise, um momento de transição como um todo. Você vê que a maioria as novelas se repetem, os programas de auditório não conseguem uma nova saída, o público começa a reclamar da monotonia e busca opções no canal a cabo - que também não está bom. Acho que o jornalismo ainda é o que salva.
C&S: Você acha que essa crise é por conta de falta de espaço por parte das emissoras ou falta de gente que queira fazer diferente?
Sônia: Falta de um novo olhar, de nova maneira de se tratar os assuntos. Se você inova muito, o público estranha e não recebe. Se você repete as coisas que já deram certo, o público se aborrece muito fácil e deixa de assistir. Então, o que é exatamente novo que pode prender como as velhas fórmulas consagradas - que não podem se repetir à exaustão - a gente ainda não sabe. Esse é um momento de busca.
C&S: Quanto pesam a opinião do público e a audiência no formato de um programa?
Sônia: O público pesa muito. O IBOPE, claro, é igual a boletim. Se você for se basear só nele, você está perdida, porque é exatamente isso, o público hoje é flutuante, altamente rotativo, também não sabe direito o que está procurando, como a gente também não sabe direito o que oferecer. Por causa da guerra de audiência, o pessoal esgotou todas as fórmulas que tinham nas mãos e dá essa sensação de cansaço.
C&S: Qual você acha que deve ser o papel da televisão brasileira?
Sônia: Acho que o papel de todo o veículo de comunicação é informar e opinar. Quanto mais profissionais de opinião esclarecida, bem informada e bem formada a respeito dos mais variados assuntos, melhor. Vivemos num país de tão pouca instrução, de um nível educacional tão precário. Isso faz com que as pessoas sejam mais facilmente manipuladas. O público brasileiro é muito intuitivo, é a tal da sabedoria popular. Se você pisa muito na bola, se pega um caminho que não é legal, você dança. O telespectador é senhor do controle remoto.
Entrevista de Naísa Modesto a Sonia Abrão no Portal Catho.
É Crise...
Marcadores: Informação, marketing, mercado
# postado por Danilo Mota : 8/22/2007