Você precisa de orelhão? pra que?
Quem se lembra o comercial feito pela W/Brasil, onde veiculava a morte dos orelhões em São Paulo? Naquela época, orelhões eram uma raridade. Quem dirá um telefone pra ligar pra um parente lá pros lados de onde o vento faz a curva. Os orelhões naquela época, eram apedrejados e a Campanha foi justamente para que as pessoas refletissem sobre a importância desses aparelhos.
Pois é, hoje a realidade é outra. O mercado mudou (e rápido), as pessoas mudaram e por aí vai. A Lei Geral de Telecomunicações, completou 10 anos, e ela estabelesceu que todas as operadoras de telefonia fixa deveriam instalar milhares de postos telefônicos (os orelhões), pelo país. Em 2007, cerca de 60% dos 2.500 postos instalados pela Brasil Telecom não tiveram um único usuário. É o efeito dos milhões de celulares que estão ativos no país.
E a Lei das Teles? Continua a mesma. Vamos ver quanto tempo levará para a lei ser revista…
Vale a reflexão, pra pensarmos na velocidade em que o mercado está mudando. A temática aqui não é a morte dos orelhões ou a sobrevivência deles, mas como a lógica do mercado, o ciclo de vida dos produtos e a mudança estão cada vez mais nos afetando e nos desafiando. Precisamos pensar nisso de vez em quando. Por hoje é só.
Até.
Danilo Mota
Marcadores: Informação, pesquisa
Soneto de Fidelidade
De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento
E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor (que tive):Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.
Vinicius de Moraes
Marcadores: Informação, poesia
O fim do controle
Conteúdo próprio, desmistificação de temas através da pesquisa individual ou coletiva; a queda do mercado de música e agora de filmes de Hollywood. O que essas vertentes têm em comum?
Todas essas citações fazem parte do que podemos chamar de fim do controle.
Cada vez mais se houve falar de empresas que tentaram entrar desastrosamente em comunidades, fóruns e debates na internet a fim de interagirem e foram rechaçadas pelos plugados de plantão.
A questão é que na internet, diferente do mercado tangível comum, o cliente diz o que quer, faz o que quer, enfim, tem o poder. E isso não agrada os grandes conglomerados de mídia, que passaram a estudar ferozmente a grande rede mundial de computadores.
A verdade é que o controle e a massificação da mídia está diminuindo.
Empresas comumente acham que conhecem seus mercados e costumam generalizar ou padronizar a sociedade através de estratificação de mercados. Mas com a Cauda Longa aumentando, como conhecer um consumidor? A verdade é que cada “prossumidor” será um target único.
É preciso entender o mercado de internet como muito diferente do mercado comum. E isso envolve deixar o controle e dar a permissão, assim como ensina Seth Godin. É preciso entender também que há marcas ou assuntos em que os internautas não se estimulam a falar. A Coca-cola traz admiração ela tem aderência junto aos seus admiradores por alguma razão, e por isso, identifica várias comunidades. Mas por outro lado é preciso entender que existem outros refrigerantes que não atraem a atenção do prossumidor.
Mas há empresas que teimam em entrar com ações contra blogueiros, perseguir comunidades, gerar cada vez mais comentários virais, só que negativos sobre si mesmos, o que denigre cada vez mais a imagem das empresas.
A dica principal é monitorar e estimular o consumidor a falar da sua marca, encorajar as pessoas a dizer a verdade sobre seu produto. Isso é salutar. Tudo com transparência. Não desencoraje as redes, pode ser pior.
Como disse Marcelo Coutinho, a comunicação com as comunidades não é discurso, é diálogo.
Danilo Mota.
Marcadores: business, Informação, internet