O fim do controle
Conteúdo próprio, desmistificação de temas através da pesquisa individual ou coletiva; a queda do mercado de música e agora de filmes de Hollywood. O que essas vertentes têm em comum?
Todas essas citações fazem parte do que podemos chamar de fim do controle.
Cada vez mais se houve falar de empresas que tentaram entrar desastrosamente em comunidades, fóruns e debates na internet a fim de interagirem e foram rechaçadas pelos plugados de plantão.
A questão é que na internet, diferente do mercado tangível comum, o cliente diz o que quer, faz o que quer, enfim, tem o poder. E isso não agrada os grandes conglomerados de mídia, que passaram a estudar ferozmente a grande rede mundial de computadores.
A verdade é que o controle e a massificação da mídia está diminuindo.
Empresas comumente acham que conhecem seus mercados e costumam generalizar ou padronizar a sociedade através de estratificação de mercados. Mas com a Cauda Longa aumentando, como conhecer um consumidor? A verdade é que cada “prossumidor” será um target único.
É preciso entender o mercado de internet como muito diferente do mercado comum. E isso envolve deixar o controle e dar a permissão, assim como ensina Seth Godin. É preciso entender também que há marcas ou assuntos em que os internautas não se estimulam a falar. A Coca-cola traz admiração ela tem aderência junto aos seus admiradores por alguma razão, e por isso, identifica várias comunidades. Mas por outro lado é preciso entender que existem outros refrigerantes que não atraem a atenção do prossumidor.
Mas há empresas que teimam em entrar com ações contra blogueiros, perseguir comunidades, gerar cada vez mais comentários virais, só que negativos sobre si mesmos, o que denigre cada vez mais a imagem das empresas.
A dica principal é monitorar e estimular o consumidor a falar da sua marca, encorajar as pessoas a dizer a verdade sobre seu produto. Isso é salutar. Tudo com transparência. Não desencoraje as redes, pode ser pior.
Como disse Marcelo Coutinho, a comunicação com as comunidades não é discurso, é diálogo.
Danilo Mota.
Marcadores: business, Informação, internet
# postado por Danilo Mota : 2/09/2008