quinta-feira, novembro 29
Insights da Era do consumidor:
Qual é a lógica do novo cliente?
Há certo tempo, começamos a viver a Era do cliente ou como queira a Era do consumidor. Isso leva a Economia do Cliente, que nada mais é do que o poder cada vez maior dos clientes em barganhar, escolher e até participar do processo de concepção de um produto. Quando conectamos marcas com pessoas por meio de experiências sensoriais, podemos conseguir um elo de ligação e de menos refração a um consumidor sem tempo, sem logo e exigente.
O padrão de mercado antigo está ruindo. Mas existem empresas que teimam em continuar a fazer como antes, tratando o consumidor ao seu modo. Um exemplo é o mercado de filmes de Hollywood, que enfrenta desde a greve da base do cinema até a pirataria em todo o mundo.
É preciso saber que o consumidor tem o poder de escolha consciente. Ele exige ser respeitado, exige a verdade. Esperam que as empresas o satisfaçam emocionalmente, que participem da sua vida local e global ao mesmo tempo.
Repense a mídia
A propaganda está se preparando para conversar com esse consumidor refratário e sair do Mass-media. O consumidor quer ser estimulado e envolvido e menos imposto e obrigado. Eles querem comprometimento, ética, valores, desejam um profundo comprometimento emocional das marcas em construir um relacionamento forte. A democracia da mídia está fazendo com que outras formas de propaganda sejam criadas, como exemplo à Agência inglesa Naked, a revista Wired, Fast Company etc. que trazem modelos cada vez mais inovadores tanto em termos de conteúdo quanto de informação.
Resumo de bolso:
Surpreender e conquistar com o coração
Mudar de share of mind para share of heart
Promover a participação/democracia
Promover a convergência cultural
Criar elo emocional com as marcas e experiências sensoriais de compra e de marca
Renovar as formas de comunicação e relacionamento
Reflexão:
Segundo a revista Harvard Business Review, o consumidor é atingido diariamente por 1800 impulsos diários para comprar, consumir ou dedicar sua atenção a algum produto ou serviço.
Como anunciar ou vender sem incomodar tanto o consumidor?
Marcadores: crítica, era do cliente, Informação
quinta-feira, novembro 22
Visões de Tom Peters para animar o dia
"O cara" da crise continua suas provocações:
Mudança
O mundo viu a chegada do dragão chinês. Temos que levar em conta a existência desses novos capitalistas.
A inovação tem de ser o motor da mudança. O primeiro passo para a mudança pessoal é compra um espelho.
Talento
O talento é o recurso mais importante da economia.
Todos dizem que as pessoas estão em primeiro lugar. Mas a maioria das pessoas têm medo de contratar alguém mais talentoso do que elas.
Deveriam-se contratar pessoas entusiasmadas para assumir cargos de gerenciais. Tornar-se um gerente é a terceira coisa mais importante da vida de uma pessoa, depois de casar-se e tornar-se pai ou mãe.
Liderar talentos significa com amor, com comprometimento, paixão e um apetite insaciável por mudança.
O RH deveria ser a área do talento. Os RHs hoje são centros de custos. Veja o Cirque du Soleil, eles são bons em achar gente fantástica. Possuem um banco de dados de 25 mil pessoas do mundo todo para trabalhar.
A estratégia de RH deve ser a estratégia do negócio. As pessoas querem fazer parte de algo maior que elas.
Capacitação
Procure o melhor e encontre pessoas de talento. Desenvolva-as e pague.
Capacite e capacite o ano todo. Treinar é a pedra angular desta era do talento.
Aprecie o trabalho e o cuidado com as pessoas. Todo mundo gosta de ser apreciado.
As pessoas são distintas ou extintas.
O que você faz de diferente? Faça algo que mais ninguém faz e re-imagine a organização e a proposta fundamental do negócio.
É crise.
Danilo Mota
Marcadores: crise, crítica, opinião, visões
quarta-feira, novembro 14
A web 2.o é uma ameaça a cultura?
A internet tem essa desvantagem de tornar as idéias e até produtos com um ciclo de vida de produto muito curto. E, segundo o estudioso Andrew Keen, o que a mídia vem chamando de web 2.o não passa de uma jogada de mercado para alimentar profissionais que não conseguiram atuar na grande mídia. Esse pensador inglês e crítico da web colaborativa, considera esse movimento uma “picaretagem.” Pioneiro na internet nos anos 90, ele é autor do livro “O culto do amador” (ainda sem tradução para o português), que comenta as falácias da internet na sua visão.
Frases contundentes do cara:
“Mais e mais pessoas pensam que a música deve ser livre e estão roubando-a”.
“A democratização da mídia formará uma nova oligarquia, pois a democratização não existe. Existe um pequeno grupo comandando a web 2.0.” - A Oligarquia a que se refere Keen, segundo ele são formados por jornalistas fracassados que não conseguiram serem bem-sucedidos e encontraram na web 2.0 uma válvula de escape.
Esses jornalistas atendem a interesses de acionistas de empresas como Gooogle e Myspace a quem estão ganhando dinheiro.
“Na mídia tradicional há meios de checagem das informações, no mundo on-line, não”.
“No mundo on-line, não sabemos quem são essas pessoas que operam em sites como Digg.com (o site que estabelece um ranking de notícias interessantes com base no voto de internautas), Reddit ou Wikipédia. Elas poderiam estar num programa do governo, numa organização terrorista, numa corporação, como Wal-Mart ou Exxon Mobil, colocando conteúdos no YouTube, na blogosfera, fingindo que isso é independente. Isso nos deixa à mercê de uma nova oligarquia, num mundo onde é mais difícil checar a verdade que na mídia tradicional.”
Inclusive, um dos mal presságios de Keen são os blogs. Ele sugere que as pessoas só deveriam usar blogs se realmente soubessem faze-lo e não por modismo.
A idéia de Keen não é de toda ruim. Quando se trata de internet e mercados de modismos americanos, devemos ter cuidado em dobro e não sair por aí anunciando as idéias sem uma digestão crítica do assunto. Nesse sentido, há muitos blogueiros que usam seus blogs para atrair atenção própria sem entregar aos seus leitores um bom conteúdo. Quem concorda com keen?
Marcadores: crise, internet, web 2.0
segunda-feira, novembro 12
Tendências para o marketing: pessoal de marketing, é hora de acordar!!
Ou os profissionais de marketing mudam ou eles serão mudados
Em entrevista ao Mundo do Marketing, Augusto Nascimento dá exemplos do que funciona e não funciona mais quando assunto são as estratégias de marketing. A publicidade feita da forma como é hoje, baseada em idéias criativas, já ficou para trás (será?). Assim como migrou do rádio para a TV, a publicidade está se transferindo para as telas no ponto de venda e do celular. Mas a força da publicidade ainda vai perdurar pelas próximas cinco décadas, segundo o especialista (http://www.mundodomarketing.com.br/).
Outra saída inteligente, segundo Nascimento, é falar a verdade e produzir produtos com vínculos emocionais. “A responsabilidade dos gestores da marca é criar produtos e ofertas atrativas para que o vínculo intangível fique cada vez mais forte, além de fazer com que o colaborador fique cada vez mais entusiasmado com a marca e fazer com que o consumidor fique cada vez mais encantado”, diz.
Não é de hoje que o marketing vem sendo ameaçado por mudanças apocalípticas, que, em muitos casos nem aconteceram. Mas uma coisa é certa: essa magia de mudança e renovação, só o marketing tem. Acompanhe alguns trechos dessa entrevista com Nascimento, co-autor do livro Os 4 Es de Marketing e Branding.
O que precisa ser revisto no marketing hoje?Historicamente o marketing sempre foi voltado muito para o produto. Depois teve um movimento de voltar-se ao consumidor, que costumo dizer que foi uma virada sistemática, de ter o consumidor em primeiro lugar. Então, a partir dos anos 1990 todos os movimentos de marketing foram para este caminho, de oferecer melhor serviço e atendimento ao consumidor. Existem três pontos onde o marketing deve ser exercido, que é no produto, no consumidor e na marca. E o valor que as empresas têm está na marca. Então, partimos para uma redefinição do conceito de marketing, onde o branding ganha importância, com o centro de tudo sendo vendas.
Como se faz para ter este conceito no centro de tudo?As empresas precisam fazer uma revisão sobre as suas práticas. É em propaganda onde elas gastam mais dinheiro hoje. E isso ainda vai ser assim durante muito tempo.
Qual é a visão contemporânea?É uma visão de branding, que é a essência da marca. Um grande número de empresas ainda acredita na criatividade como o maior fator de propulsão da propaganda. E essa criatividade é empírica. Essa visão faz com que as empresas invistam muito dinheiro na busca por mensagens, que são mensagens completamente desbaratadas. Por isso o caminho hoje é fazer uma propaganda menos intuitiva e muito mais contra-intuitiva.
O que funcionava antes que não funciona mais hoje?Existe uma incompreensão sobre a publicidade, que está mais viva do que nunca. O problema é que ela está migrando de um lugar para outro. Da mesma forma que ela migrou do rádio para a televisão, ela vai migrar para uma tela de PDV. Existe um sistema que os anunciantes continuam colocando as suas verbas nos mesmos lugares. Isso vai ser alterado gradativamente na medida em que os profissionais de marketing não conseguirem produzir os resultados esperados e houver a substituição deles por profissionais mais focados na visão de resultado. Mudança é o seguinte: ou muda ou dança. Ou profissional de marketing muda ou ele será mudado.
Sempre em crise.
Marcadores: artigo, Informação, marketing
quarta-feira, novembro 7
Profissionais de marketing só sabem gastarOs profissionais de marketing serão cobrados, cada vez mais, pelo retorno de cada centavo investido. Em entrevista ao Mundo do Marketing durante passagem pelo Brasil, Peter Krieg alertou para o fato de que os profissionais deste segmento, até hoje, só souberam gastar dinheiro e não se preocuparam em calcular o retorno sobre o investimento. Mais do que isso, Krieg condenou as ações de marketing que são baseadas na intuição.
O feeling não funciona mais, alerta Peter Krieg ao lado de Kevin Clancy no livro “Marketing muito além do feeling: Como o marketing científico pode gerar lucros extraordinários” (Campus). O Presidente, COO (Chief Operating Officer) e um dos fundadores da Copernicus Marketing Consulting não acredita também em agências de comunicação que entregam anúncios para as diferentes mídias. Krieg salienta que a Internet mudou a forma como as pessoas compram e, claro, quem não mudar a maneira de vender vai ficar com o estoque cheio.
Segundo o especialista em marketing científico, cada ação de marketing deve nascer com base em modelos estatísticos e arduamente testados a fim de minimizar os riscos de erros e maximizar o índice de sucesso. Há de se fazer, também, um planejamento minucioso de longo prazo sabendo onde investir cada centavo e quanto foi o retorno de cada ação. Parece difícil, mas Krieg simplifica o marketing que dá resultado.
Quais foram as principais mudanças pelas quais o marketing passou nos últimos anos?A Internet mudou tudo. Mudou a publicidade, mudou a forma como vendemos e criou um novo meio de se comunicar. Há ainda tudo que é digital: o celular e a TV interativa, mas a Internet é a maior delas. Isso mudou a forma como as pessoas compram também. Há um novo paradigma na publicidade em TV, que também encaminha as pessoas para a web, onde podemos testar os produtos e obter mais informações. Os consumidores agora podem ter seus pedidos respondidos on-line e é possível fazer o marketing um a um, com anúncios diferentes. Nós falamos sobre isso há pelo menos 20 anos e agora é possível.
A tecnologia permitiu este avanço. Ela possibilita se comunicar de forma diferente com consumidores diferentes. Posso usar programas que toda vez que eu comprar alguma coisa em uma loja o computador vai saber e poderá enviar e-mails de acordo com um histórico. Não é mais um julgamento humano.
Quais mudanças as empresas precisam implementar para se adequar a este novo momento?Elas precisam contar com suas agências de publicidade para ajudá-las, mas elas também estão tentando se adaptar a este novo momento. Não há como fazer o mesmo comercial de TV para a Internet. É preciso encontrar agências diferentes, uma para a web, outra para TV, outra para marketing direto e implementar um processo em que todas funcionem bem de acordo com este novo cenário.
E como fica a estratégia diante disto?A estratégia é a mesma. Uma boa estratégia começa com a definição do target e a Internet não mudou isso. É a mesma questão de achar uma razão para que as pessoas comprem o meu produto. É o preço, a forma de vender, a cor. O que mudou é como encontro o público-alvo, quando o encontro e o que falo para ele nas diferentes mídias.
Quais são os caminhos para implementar práticas de marketing para obter resultados quantificáveis?Na Internet podemos mensurar tudo com precisão, mas as outras mídias precisam ser mensuradas da mesma forma. Os anúncios na TV e nos jornais precisam indicar quantas vendas geraram. É preciso mensurar a todo tempo e a tecnologia está aí para ajudar todo mundo.
Quais são as características do marketing baseado no feeling?O marketing sempre esteve baseado na criatividade e na intuição. A criação sempre foi importante para o marketing. A inovação também, mas elas sempre foram baseadas no feeling. Com isso, as chances de se cometerem erros são muito maiores. Gasta-se mais e coloca-se dinheiro na mídia errada. É preciso testar diversas idéias para encontrar uma que realmente tenha sucesso. A intuição também precisa ser testada no mundo real. É como uma pesquisa em que você simula os cenários. Tudo deve ser testado.
E quais são as características do marketing baseado na ciência?O marketing baseado na ciência é isso: prática e melhora após diversos testes. É preciso testar com uma abordagem científica para tomar uma decisão. Não pode haver risco de implementar algo que você acredita, mas que no mundo real não funciona. Você pode até ariscar porque as vezes até funciona, mas probabilidade de acerto é maior quando há uma abordagem cientifica.
Como as companhias podem minimizar os risco de uma inovação, por exemplo?Tudo deve ser simulado, testado, pré-testado. Não se pode testar num laboratório. É preciso ir para a vida real para minimizar os risco e maximizar as possibilidades de sucesso.
Quando se pensa no plano de marketing, há trilhões de opções em termos de mídias, por exemplo, mas qual delas você vai investir e ter o melhor retorno? Quanto vai investir em cada uma delas?Quando você investe baseado na intuição as chances de colocar a verba em algo que não dá certo é muito grande.
Como fazer uma análise de desempenho do marketing?É preciso calcular o retorno sobre o investimento em marketing. Olhar para as vendas e ver quantos dólares foram investidos que trouxeram retorno. Nos Estados Unidos, uma boa campanha, por exemplo, traz apenas 54 centavos de retorno para cada dólar investido. Então, se perde dinheiro. Assim, é melhor colocar o dinheiro num banco porque rende mais. Não estou dizendo que os anúncios são ruins ou não funcionam, mas a forma como as pessoas estão trabalhando é que está errada. A maioria dos anúncios não são pré-testados e não mensuram quantas pessoas vão querer comprar um produto após ver o comercial. Não adianta todo mundo gostar de um comercial e não comprar o produto.
Qual é o caminho a ser seguindo para não cair neste problema?O grande problema é que os profissionais de marketing tem que fechar o ano com um determinado número de vendas. E se ele decidir fazer uma pesquisa em janeiro ou fevereiro pode ser tarde demais. O que está acontecendo é que os profissionais de marketing não estão ficando mais de dois ou três anos em seus cargos. Então, durante esses anos, se eles pensarem em um planejamento de médio prazo, o caminho pode ser outro, pois o que está sendo feito hoje não está trazendo resultado.
Os profissionais de marketing também precisam entender de finanças. Eles só sabem gastar, mas, cada vez mais, daqui para frente, eles serão cobrados pelo retorno sobre cada centavo que foi investido.
É crise...
Marcadores: crise, Informação, marketing
sexta-feira, novembro 2
Internet: Produtos de consumo rápido?
Sites festejados como o Second Life e o MySpace, até há poucos dias ditos como um dos precussores da web 2.0, foram escolhidos pela revista Time como os cinco piores da web. Isso demonstra cada vez mais, que em se tratando de internet, não se pode sair de cara investindo tudo nesses produtos. Para se ter uma idéia, o SL foi escolhido como sendo o site mais difícil de se navegar.
Dá pra notar que a métrica para o sucesso da internet (na minha opinião) está na inovação, na frequencia e na permissão. Isso é básico. Veja o exemplo do Google: ele está sempre inovando e monitorando sua frequência para se antecipar as mudanças. A nova novidade do Google é o gPhone, um sistema operacional que está sendo desenvolvido para dispositivos móveis. O terceiro eixo, que é a permissão, é encabeçada pela web 2.o em si. São sites que promovem dispositivos para permitir que usuários participem democraticamente do conteúdo. Um exemplo disso é o novo fenômento da internet: O Facebook.
O idealizador do site, Mark Zuckerberg, que tem apenas 23 anos, havia recusado uma proposta de venda para o Yahoo no valor de US$ 1 bilhão. (Ousado o garoto, hein?) Interessante que Zuckerberg insiste em dizer que o Facebook não é uma comunidade social. É, sim, uma ferramenta para facilitar o fluxo de informação entre amigos, familiares e colegas de trabalho. Em maio o garoto foi capa da Fast Company.
Uma das razões para o sucesso do Facebook, segundo especialistas, é justamente a facilidade de inserção de conteúdo (geek), facilitando a edição da páginas pelos internautas. Vejam que a inovação, frequência e a permissão estão fazendo a cara do Facebook, pois ele é mais dinâmico do que o Orkut.
Mas será que mesmo assim o Facebook vingará? só o pouco tempo dirá, pois na internet é sempre assim. Um prazo muito curto para tudo.
O que se sabe, é que algo como a internet deve ser analisada como muito cuidado antes de se "engolir" qualquer coisa.
Danilo sempre em crise.
Marcadores: facebook, Informação, internet
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